DESCONTINUIDADE ENTRE O HABITAT RESTAURADO E O PRESENTE HABITAT (parte 1)
INTRODUÇÃO
A tentação
pode ser uma insinuação interna (nossa natureza ferida pelo pecado original) ou externa (o tentador e seus súditos do mundo caído). No Novo Céu e na Nova Terra não haverá lugar para
as inclinações pecaminosas do nosso coração corrupto. Isso porque a obra de salvação de Cristo é abrangente,
envolvendo não só de resgate da pena e do poder do pecado, mas também da
corrupção do pecado. No seu retorno teremos nosso corpo transformado,
experimentaremos de sua perfeição e pureza.
O tentador que
já foi derrotado na cruz, será finalmente lançado
no lago de fogo e enxofre, o qual será sua morada final e eterna, de modo que
no Novo Céu e na Nova Terra não se ouvirá se quer falar dele.
Seus
súditos, os pecadores, não só serão excluídos da Nova Jerusalém e da comunhão com Deus, mas
também, permanecerão na miséria e infelicidade do seu estado caído. As agonias e os terrores da primeira morte
conduzirão aos terrores e agonias muito superiores da morte eterna.[1]
No Novos Céus e na Nova Terra será tudo o que esta vida não pode ser por
causa da sempre presente atividade enganadora de Satanás, do coração pecaminoso
e dos pecadores que habitam ao nosso redor. Vejamos essas verdades de maneira
mais detalhada.
NÃO HAVERÁ MAIS
TENTAÇÃO EXTERNA
Neste
mundo o nosso inimigo “anda em derredor, rugindo como leão que procura a quem
possa devorar” (1Pe 5.8). A maior parte da atividade demoníaca se concretiza na
tentação. Por isso o demônio, no Evangelho de Mateus, é chamado tentador (cf.
Mt 4, 3). Nosso adversário não é uma influência, ou fantasma do mal, mas um
inimigo que possui uma existência pessoal e real, a quem, sem a menor
deificação atribuímos uma inteligência, poder e presença, atributos que só
ficam aquém dos presentes no próprio Deus.
Tal
como aconteceu com Adão e Eva em Gênesis 3, Satanás ainda instiga a mente e as
emoções das pessoas para levá-las a fazerem escolhas negativas contra Deus. Na
presente era, Deus propôs existência e oposição para cumprir seu plano eterno.
Mas, para Satanás, o plano perfeito de Deus inclui um dia futuro de desgraça. Sua
derrota é certa, seu destino já foi traçado e suas horas já estão sendo
contadas.
Essa queda progressiva
e final do grande tentador foi vista em tons fortes nas visões gráficas e
apocalípticas que flutuavam diante dos olhos do vidente exilado de Patmos, o
apóstolo João. Nelas vemos que o tentador perdeu uma grande batalha na cruz e
por isso foi expulso do céu perdendo assim seu poder de fogo contra os eleitos.
Além disso, com a assunção do Senhor Jesus aos céus, o tentador foi preso na
terra perdendo assim parte do seu poder de sedução contra as nações. E
finalmente, será lançando no lago de fogo e enxofre, onde passará a eternidade.
Vejamos essas descrições de forma mais detalhada.
O tentador de hoje é a antiga serpente de ontem
“...E foi expulso o grande dragão, a
antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o
mundo...” Apocalipse 12.9
Neste texto
João conecta a obra a pessoa do diabo. A figura do dragão aponta seu astuto
trabalho de engano. Paralelamente a esta figura, o apóstolo apresenta a real e
histórica “antiga serpente”. A descrição do dragão como a “antiga serpente” o
identifica como a mesma personagem diabólica de Gênesis 3.1,14.[2]
O antigo
tentador do povo de Deus, aqui é também “chamado Diabo e Satanás”, nomes que
significam “caluniador” e “adversário”, respectivamente. O texto de Gênesis 3
atribui a ele duas funções: caluniador e enganador.[3] O
texto grego acentua fortemente essa ação enganosa como um aspecto contínuo do
caráter e da atividade de Satanás.
Sua ação é
vista “no mundo inteiro”, literalmente, “em toda a terra habitada”. Como
corretamente observou Beale, “após a queda, a serpente e seus agentes fazem, em
escala mundial, o que ele começou no jardim”.[4]
Satanás, é claro, não é onisciente, nem onipresente, mas através de seus
espíritos enganadores opera em toda a terra e em todos os momentos.
O
tentador perdeu uma grande batalha na cruz
“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão.
Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram.” Apocalipse 12.7,8
No
Jardim do Éden, Deus prometeu a Adão e Eva
que o tentador que os fez cair seria derrotado, e que os eventos temidos do seu
pecado no Jardim seriam revertidos, através de uma solução que o próprio Deus
forneceria. Ele prometeu um Salvador, que nasceria da mulher, que iria destruir
a cabeça da serpente (Ge 3.15). Assim, tácita na graça para a humanidade
aparece a maldição sobre o tentador.
Nesse sentido, o verbo quer se fez carne veio ao
mundo para, entre outras coisas cumprir uma missão dupla, quando o assunto é
nosso tentador. Jesus veio, em primeiro lugar, para destruir as obras do
tentador; e em segundo lugar, destruir o próprio tentador. Em outras palavras,
a morte do nosso Salvador na cruz, não só forneceu um sacrifício perfeito para
o pecado, mas como pode ser visto em várias passagens do Novo Testamento,
forneceu uma vitória sobre Satanás e suas forças do mal.[5]
Essa verdade é clara nas palavras do autor de
Hebreus: “ele [Jesus] também participou dessa condição humana, para que, por
sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo...” Na
cruz, Satanás e seus espíritos imundos foram derrotados. A palavra “derrota”
significa na língua original “colocar fora de ação” ou “tornar inútil”.[6]
Ela é usada várias vezes para mostrar como através da morte, ressurreição e
retorno de Cristo (parousia), os poderes de destruição que ameaçam o homem
espiritualmente são colocados “fora de ação”. Na Nova Jerusalém o tentador
estará fora de ação, pois Cristo na cruz redimiu seu povo do pecado e na
Parousia o redimirá uma vez por todas do próprio tentador.
O tentador
perdeu seu poder de fogo contra os eleitos.
“...nem mais se achou no céu o lugar deles.” Apocalipse 12.8
Após a queda
e antes da Cruz, Satanás havia enganado as nações, mantendo-as cativas no seu
reino com suas garras. (Lc 4. 5-8; Ap 20. 3;). Agora, no entanto, pela sua
vida, morte e ressurreição, o Redentor venceu, de modo que o domínio de Satanás
está quebrado e seu reino é de agora em diante em colapso em câmera lenta. Isso
aconteceu, de início, por meio da pregação da Igreja, pela qual o Deus soberano
transfere os antigos súditos de Satanás para Reino do seu Filho amado (Cl
1.13).[7]
Além disso, Cristo,
o Sumo Sacerdote dos eleitos, após completar sua obra na terra foi assunto ao
céu e removeu toda barreira legal que condenava os eleitos. Daí em diante,
Satanás não teve mais fundamentos jurídicos sobre os quais acusam o povo de
Deus, ou para mantê-los em cativeiro por meio de suas várias decepções. Quando
isso aconteceu, o reino de Satanás começou a ser continuamente mimado e em
seguida, lançado ao chão (Mt. 12:29). Nunca mais Satanás cumprirá a sua função
de falsamente acusar os santos perante Deus, pois Cristo lhes tem assegurado o
seu perdão e os reconciliando com Deus através da sua expiação. Não há mais
lugar para o acusador no céu, pois não há mais condenação para aqueles que
estão em Cristo (Rm 8.1). Essa foi uma grande derrota que nosso tentador
sofreu, mas não foi e não será a única.
O tentador perdeu
parte
do seu poder de sedução
“... e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo,
fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações...” Apocalipse 20.2
A “prisão”
da antiga serpente, em 20.1-3, não é absoluta em todos os sentidos, mas se
refere principalmente à incapacidade de enganar as nações, como fizera com Adão
e Eva. Até aquele momento as nações
e impérios gentios, tais como Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia,
Grécia e Roma sediam as tentações e a escravidão da antiga serpente. No entanto,
Cristo “despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl. 2.15).
Como o
cumprimento da maldição sobre a serpente no jardim (Gn 3. 15), Cristo esmagou a
cabeça de Satanás (Cf. Mt 21. 44; Rm 16. 20) e exercendo sua autoridade no céu
e agora na terra (porque “toda a autoridade” foi dada a ele, (Mt 28.18-19) envia
seus discípulos para ir a todas as nações e fazer discípulos. Assim, sendo limitada pelo próprio Deus, a antiga serpente perdeu
parte do seu poder de sedução e o resultado é que muitos não caíram mais em sua
lábia, mas ouviram a Cristo foram salvos (At 17.30-31, 26.17-18).
João
aqui, também, ecoa as palavras de Jesus em João 12.31,32: “Chegou o momento de ser julgado este
mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da
terra, atrairei todos a mim mesmo”. É interessante observar que o verbo grego
traduzido por “expulsar” (ekballo) é derivado da mesma raiz que o termo
utilizado em Apocalipse 20.3: “lançou-o (ballo) [Satanás] no abismo”.[8]
Temos, ainda, um cumprimento de Isaías 24. 21-22:
“Naquele dia, o SENHOR castigará, no céu, as hostes celestes, e os reis da
terra, na terra. Serão ajuntados como presos em masmorra, e encerrados num
cárcere, e castigados depois de muitos dias”. Esse cumprimento foi inaugurado
por ocasião da morte e ressurreição de Cristo e culminará com sua vinda no
clímax da história, como veremos mais à frente.
Nesse sentido as palavras de Hoekema são esclarecedoras:
O aprisionamento de Satanás, descrito
em Apocalipse 20.1-3, portanto, significa que, ao longo da era do Evangelho na
qual vivemos agora, a influência de Satanás, embora certamente não eliminada, é
tão restringida que ele não pode impedir a disseminação do Evangelho às nações
do mundo. Por causa do aprisionamento de Satanás durante esta era presente, as
nações não podem conquistar a igreja, mas a igreja está conquistando nações.[9]
O tentador será
definitivamente lançado no inferno
“O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e
enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e
serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. Apocalipse 20.10
Somos
informados que o sedutor será lançado no lago de fogo (v 10). Neste dia o
tentador será definitivamente julgado e para sempre varrido para fora
do palco da história cósmica. E como isso vai ocorrer? Na Parousia o Rei dos
reis, sem dúvida tendo ao seu lado os santos anjos, e talvez os próprios santos
eleitos, esmagará a cabeça da serpente, lançando Satanás, seus demônios e todos
os seus fantoches humanos (políticos e religiosos, isto é a Besta e o Falso
Profeta) no lago de fogo, onde serão atormentados dia e noite para todo o
sempre (Gn 3.15, Mt 13.39, Rm 16.20).
Este lago de
fogo não é apenas uma expressão figurativa para o inferno na terra ou para a
separação de Deus, mas um verdadeiro, lugar literal. [10]
Como asseverou o Dr. Bob Utley: “o inferno é o isolamento do mal da boa criação
de Deus”.[11]
O tentador estará ausente para sempre do Novo céu e da nova terra, pois estará
em outro lugar.
O tentador e seus
seguidores sofrerão para todo sempre.
“...onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão
atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.” Apocalipse 20. 10
Uma vez que
os “aliados” de Satanás são os líderes da revolta, é justo que sejam
capturados, confinados e em seguida lançados no “lago de fogo”, o lugar final e
permanente de castigo a todos os que se recusaram a sujeitar-se a Jesus Cristo.[12]
Satanás, que começou a carreira como é um santo anjo, como o querubim ungido,
vai, finalmente, ser levado para o seu castigo eterno para nunca mais ser uma
ameaça ou uma causa de decepção e dor.
O texto
enfatiza, ainda, que eles “serão atormentados” (Ap 20.10). A palavra “atormentados”
quer dizer “torturar e causar aflição, por meio de dor e sofrimento”. Este
termo grego é uma palavra que se metamorfoseou ao longo do tempo. Ela inicialmente
referia-se ao uso de uma rocha preta usada por um examinador para testar se
moedas, de ouro ou de prata, eram reais. Ao esfregar a moeda contra a rocha e
verificar a cor da faixa resultante, o examinador poderia testar se a moeda era
uma falsificação ou não. O significado, em seguida, mudou para se referir a
verificação dos cálculos em transações financeiras para correção. Uma vez mais
o seu significado alterado, e tornou-se uma palavra referindo-se a qualquer
tipo de teste que ocorreu. Finalmente, pelos tempos do Novo Testamento, passou
a refere-se a provações através de meios de tortura, e, portanto, é traduzido
como tormento no versículo aqui.[13]
Esse pano de fundo lança luz na maneira como o “tormento” neste versículo deve
ser entendido e visualizado. Este verso apresenta um julgamento calculado cujo
resultado é doloroso quando o que está sendo testado é encontrado indigno.[14]
Além disso,
o resultado deste julgamento não será uma dor aguda, mas passageira. Será de “dia
e noite, pelos séculos dos séculos”. O que significam essas palavras? Olhando-as
a luz do Novo Testamento percebe-se que elas são usadas para atribuir louvor a
Deus “para todo o sempre”. No Apocalipse, eles são aplicados para o reino de
Cristo, mas seu uso mais comum é para designar a existência eterna de Deus, que
é repetidamente mencionado como “aquele que vive para todo o sempre”.
Por que é
tão usado? Claramente porque a linguagem “acomodativa” das Escrituras não contém
nenhuma frase igualmente forte para descrever uma existência continua e
imutável. Agora, se a frase mais forte que pode ser aplicado para a existência
eterna de Deus é aqui utilizado em relação aos tormentos de Satanás e os companheiros
de sua desgraça, é certamente significava que esses sofrimentos são eternos no
sentido mais completo e maior da palavra, eterno, duradouro, sem cessar e sem
fim.[15]
Nesse
sentido, as palavras “pelos séculos dos séculos” são faladas no limiar
de uma eternidade sem limites sobre os quais nenhum calendário de datas e
épocas pode medir. Assim como
como em caráter perene é declarado que os santos vão viver “para todo o
sempre”, aos perdidos é dito serão atormentados “para todo o sempre”. Em outras palavras, a punição que os perdidos sofrerão após esta vida será tão
interminável quanto a felicidade futura do povo de Deus.[16]
Um dos
propósitos do livro do Apocalipse é confortar a Igreja militante, de todas as
eras, nas lutas contra as forças malignas que se manifesta fisicamente por meio
de homens ímpios. Nesse sentido a
mensagem do apocalipse e de modo especial do texto aqui analisado, apresenta à
igreja atual, a verdade que por meio do cordeiro de Deus seremos que forma
plena e definitiva mais que vencedores. Como corretamente observa Willian
Hendriksen:
Cristo, e não o diabo, é o vitorioso; o plano de Deus, embora, por um
pouco, aparentemente vencido, é, no final, visto em seu completo triunfo. Somos
vencedores. Não, mais do que vencedores, pois não só fomos libertados de grande
maldição, na verdade, de toda maldição, como obtivemos também a mais gloriosa
das bênçãos (Ap. 21.3). [17]
Em suma, o
grande tentador, enganador, acusador dos eleitos, mentiroso, assassino e
torturador da raça humana vai, no grande dia, ser condenado uma vez por todas.
O espiral descendente de Satanás será então completo. Tendo caído do céu para a
Terra, então a partir da Terra para o Abismo, ele será finalmente lançado no
lago de fogo e enxofre, o qual será sua morada final e eterna. No Novo Céu e na
Nova Terra não se ouvirá se quer falar dele.
[1] HENRY, Matthew. Complete Commentary on Revelation 21 in
Matthew Henry Complete Commentary on the Whole Bible. Disponível na Bíblia
eletrônica e-sword
[2] BEALE, G. K. e
CARSON, D. A. Comentário do uso do Antigo
Testamento no Novo Testamento. São
Paulo: Edições Vida Nova, 2014. p 1369
[3] Ibid, idem
[4] Ibid p. 1370
[5] KEATHLEY, J.
Hampton. Satanology. Disponível
em:
https://bible.org/article/satanology. Acessado em 02\12\2014
[6] VINE, W. E. Expository Dictionary of New Testament
Words, Vol. P. 221, Thomas Nelson Publishers, May 15 2003. Disponível na
Bíblia eletrônica e-sword
[7] DAVIS, Dean. The High King of Heaven. WinePress
Publishing, 2013. P.
[8] HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo:
Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 270.
[9] HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo:
Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 270.
[10] KEATHLEY, J.
Hampton. Satanology. Disponível
em:
https://bible.org/article/satanology. Acessado em 02\12\2014
[11] UTLEY, Bob. Hope in Hard Times: The Final Curtain:
Revelation. Disponível na Bíblia eletrônica e-sword
[12] WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo. Vol. 1.
Santo André: Geográfica, 2010. p. 787
[13] MCALLISTER, Michael.
Revelation 20:10: Eternal Torment? Disponível em: http://www.tidings.org/2002/10/revelation-2010-eternal-torment/
Acessado em: 10/12/2015
[14] Ibid
[15] BAINES, Thomas
Blackburn. Satan Loosed a Little Season:
Revelation 20:7-10. Disponível em:
http://bibletruthpublishers.com/satan-loosed-a-little-season-revelation-20-7-10/thomas-blackburn-baines/the-revelation-of-jesus-christ/t-b-baines/la95326.
Acessado em 15/12/2014
[16] HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo:
Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 318
[17] HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores: uma interpretação
do livro do Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã. 2001 , pp. 261,262
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